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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Zelda num futuro distópico?


A franquia da Nintendo “The Legend of Zelda” é simplesmente sensacional. Toda aquela atmosfera épica e linda. É uma franquia que marcou minha infância e tem um lugar cativo na minha memória gamer. Mas todo cresce né? E esse é um dos problemas que sinto com a série da Zelda, mas em que o herói é o Link.
Os games continuam ótimos, não me entenda mal. Continuo gostando de jogar. Mas em algum momento eu cresci e passei a querer outros tipos de jogos. Para isso tenho meu Playstation 3. E o Link? Está lá, nos consoles da empresa do Mario. Depois de “Ocarina of Time” o ápice da franquia, ficou a sensação de algo que chegasse perto. Muitos falam das ~continuações~ “Majora’s Mask“, “Wind Waker“, “Twilight Princess” e “Skyward Sword“. Por mais que sejam ótimos games, faltam elementos para que eles sejam tão bons quanto o OfT. Por que? Talvez porque o Ocarina não era infantil na época em que joguei, talvez porque eu ainda era novo e achava o máximo aquilo tudo.
A real, o que realmente me parece, é que franquia não evoluiu com seus jogadores. Todos que jogaram cresceram, passaram a trabalhar, ter dinheiro e comprar aquilo que queriam. A Nintendo não acompanhou essa turma. Quem cresceu na geração 32 bits e o Super Nintendo, sabia o quão sensacional era aquele videogame. Agradava tanto gregos quanto troianos, no caso casuais e hardcores. Mas todo console sempre é sucedido de outro. E após alguns deslizes com o Nintendo 64 com cartucho quando o CD já era preferível e com o Game Cube que preferiu utilizar uma mídia própria e também ficou isolado, a empresa acertou em cheio com o Wii, ao trazer o público mais casual e que não liga tanto para games difíceis e franquias para o mundo gamer. Mas ignorou a outra parcela que acompanhou a evolução dos consoles lançados por ela. E um dos maiores problemas reside justamente em “The Legend of Zelda”.
A casualização da Nintendo afetou a série. Tenho lembranças dos games de Link serem desafiadores, empolgantes e com histórias envolventes sem apelar para “balançar o controle”. Twilight Princess que é do Game Cube mas foi lançado para o Wii, não abusa demais dessa mecânica e era um ótimo game, em uma Hyrule mais dark e madura. Mas com o desenvolvimento de uma nova versão exclusiva para o Wii, veio o problema. Além de balançar o controle pra lá e pra cá em diversos níveis e posições para combater os inimigos, o game ficou mais casual, mais fácil. Parecia mais um retrocesso para agradar uma imensa massa que havia comprado o console. A história é o melhor elemento de Skyward Sword. Mas o processo de evolução foi deixado de lado.
Qual é o próximo então? Como agradar agradar gregos e troianos novamente? O “WiiU” vem aí com seu pseudo-tablet e gráficos de geração atual. A Nintendo vem com o discurso que vai trazer mais games hardcores. Mas será que o Zelda vai seguir essa linha? Qual seria a melhor opção? Continuar na linha de agradar o imenso público ou tentar fazer que nem o Ocarina of Time e trazer algo instigante e desafiador de novo para a série sem apelar para balanço de controle?
Existem opções para levar a série para um outro nível, fugir um pouco do cenário batido de campos lindos e verdes. A história é atemporal, pode ser encaixada em qualquer período. Falta só um pouco de coragem da Nintendo em querer ousar. Um exemplo é levar para um universo steampunk, que, além de manter a franquia nesse ar medieval, trazer novos elementos e inovações em questão de jogabilidade. Chegou a ter um rumor em 2008 que haveria um game nesse mundo, intitulado “Legend of Zelda: Valley of the Flood” com uma ÚNICA imagem divulgada. Mas não passava de uma brincadeirinha…
Outra solução era ser um pouco mais malvado e levar Hyrule para um universo mais distópico. O artista Sean decidiu misturar The Legend of Zelda e com outra série bem legal chamada Fallout. Segundo o rapaz, ele queria saber como aquele mundo ficaria em um universo mais estranho e destruído. O resultado se chama “The Legend of Zelda: Echoes of the Future” que se mostra algo extremamente interessante.
Opções não faltam. Coragem falta. Só custa inovar. Ou será que eu sou um velho e quero tudo como antes e o caminho que segue-se é inevitável?

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