COOLTURAL

COOLTURAL
Cultura, entretenimento e mundo geek

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Airton, o zagueiro que valia um estádio




Airton Ferreira da Silva morreu no dia de um clássico mundial, Barcelona e Milan, Poderia ter partido durante um Gre-Nal. O zagueiro gaúcho, de estirpe única, poderia ter jogado em qualquer grande time do mundo.
Foi um dos maiores do Brasil no seu tempo (quando o Rio Grande do Sul ainda estava muito distante do Brasil), foi o maior do Grêmio. A verdadeira história do clube e do Olímpico, que também se vai em dezembro, não poder se contada sem ele. Airton foi um dos heróis do estádio da Azenha.
Era chamado de Airton Pavilhão, mas valia por um estádio inteiro, talvez uma Arena. Foi um jogador dos anos 1950/1960. As histórias das suas jogadas de majestade passaram de geração para geração de gremistas desde a metade do século passado.
Airton é de uma época pré-TV. Suas performances foram contadas por quem o viu em ação ao vivo, avô, pai, filho, neto. Da arquibancada ao sofá da família, da mesa de bar com os amigos daqui, de lá, lá de fora. Seus jogos não foram filmados. Foram contados, narrados, admirados por poucos.
Num tempo em que as redes sociais não existiam e que a televisão engatinhava, Airton foi um personagem de rádio. Locutores, comentaristas e repórteres se maravilhavam com a classe de Airton em campo. Ele foi um zagueiro com a habilidade de um meia habilidoso e uma cabeçada de centroavante famoso. Airton foi único. Será lembrado. Não será igualado. Jamais um zagueiro valerá um estádio de futebol como Airton Ferreira da Silva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário